Dia 1: Um Pouco de Tudo
(Fotografia do Ilhéu de Vila Franca do Campo tirada por Mim)
15-08-2008: Na verdade acho que se pode dizer que começou às 23:00 do dia 14-08-2008, horário de saída do meu trabalho, embora tenha chegado a casa por volta das 23:30, sabia que ainda havia muito a fazer. As malas estavam quase prontas mas era coisa que ainda podia levar cerca de mais 1 ou 2 horas. Quando me deitei, afinal já eram aproximadamente 02:30 15-08-2008, e tinha de me levantar às 05:00, porque tinha o check-in para fazer às 06:30 no aeroporto de Lisboa e um avião para apanhar. Foi doloroso ter de levantar cedo, não ter dormido quase nada, depois de um dia de trabalho, com coisas por tratar e ainda com uma viagem pela frente. Quando cheguei ao aeroporto de Lisboa era uma confusão tremenda, julguei que ia perder o avião visto não estar a dar com o local do check-in e já tinha passado das 06:30 15-08-2008. Devo confessar, era a primeira vez que ia andar de avião, depois de 22 anos de VIDA, e estava muito nervoso, ansioso e talvez um pouco desesperado. Mas afinal não tinha razões para me preocupar, estava por perto uma rapariga da TAP que me auxiliou quase de imediato e me permitiu apanhar o autocarro às 06:40 15-08-2008 para o Terminal 2, onde estavam 2 filas enormes de pessoas para o mesmo voo. Pode-se dizer que estive quase 1 hora nessa fila para ser atendido, mas correu tudo bem, e finalmente às 07:30 15-08-2008 já tinha o check-in feito e o meu bilhete de embarque. Antes de passar pelo scanner de metais (não me recordo da expressão correcta) foi um pouco caricato, pediram-me para tirar o portátil da mala, tirar o relógio do pulso, tudo o que tinha no bolso, o casaco e até mesmo o CINTO das calças. Parceria que estava a fazer striptease e tinha toda a gente a olhar para mim. Que vergonha! Mas ultrapassei isso facilmente com um sorriso. Coisa de principiante. – pensei eu! Depois de me 'vestir' novamente ainda tive de ir para outra fila, maior do que as duas anteriores juntas, para apanhar o autocarro que levava os passageiros até ao avião. Afinal, o voo atrasou-se mais de 30 minutos, qual foi o meu alívio. A primeira impressão quando saí do autocarro e vi um avião tão perto: “Isto é mesmo grande!”. A sensação da descolagem foi SENSACIONAL, mas a aterragem foi ESPETACULAR! E sempre deu para tirar umas anotações, por exemplo: a viagem entre Lisboa e Ponta Delgada leva cerca de 2h10, a altitude do voo chega aos 12000 metros (12 km), a velocidade atinge os 800 km/h e a temperatura exterior aos –61 ºC (apesar do ar condicionado estar ligado estava um frio enorme lá em cima). Quando cheguei, por volta das 09:40 a Ponta Delgada (10:40 – Hora de Lisboa) ainda tive de esperar pela bagagem que demorou um bocado, mas ao sair dessa sala estavam lá as pessoas que me aguardavam ansiosamente. Fiquei muito feliz (e aliviado) por ter conseguido atravessar um pedaço do Oceano pelo Céu, ter corrido tudo bem e estar preparado para o começo de umas promissoras maravilhosas e merecidas FÉRIAS. Depois de meter a conversa em dia e ter almoçado qualquer coisa conheci um pouco mais da gastronomia Açoriana. O contacto imediato foi com a Pimenta Moída, componente obrigatório em muitas das refeições ou na confecção das mesmas; Vinho de Cheiro (ver hiperligação); Banana dos Açores, pequena, muito amarela por dentro e muito dulcificada; Maçaroca das Furnas, confeccionada com o calor debaixo da terra (na caldeira das Furnas) sem sal e sem água é realmente muito apetitosa; “Chupas-Chupas”, conhecida por este nome (lamento não saber o nome verdadeiro) trata-se de uma planta regional que se arranca do solo, arranca-se uma parte e está pronta para comer (chupar) e é doce; Bolo de Lêvedo, (ver hiperligação) é sem sombra de dúvida dos melhores bolos que já comi; Ananás dos Açores, muito doce e suculento, é óptimo para cortar a gordura da carne e acompanhar com vários pratos. Isto foi apenas o inicio! Depois aproveitamos o bom tempo e demos uma volta de carro pelo litoral, começamos em Ponta Delgada e passamos por, São Roque, Lagoa, Caloura, Vila Franca do Campo, Ponta Garça, Ribeira Quente, Furnas (e lagoa das Furnas), e provavelmente mais algum sitio que não me recordo. Algumas fotos marcaram estes encontros, e outras características do género, areia preta e as pedras grandes nas praias, o ilhéu de Vila Franca do Campo, os patos e a lagoa das Furnas, as Furnas e o cheiro a enxofre, as vacas a pastar, muitas curvas nas estradas, vista verde, mar à volta, etc. Tive um encontro com a nascente de água quente, que cheira a ferro e dá para apanhar barro, mas segundo dizem faz muito bem à pele, conhecido por Poça da Beija. Depois foi então que provei o Maçaroca das Furnas e o Bolo de Lêvedo. O dia acabou pouco depois com um banho de água morna e o jantar.
Anju
( Editado ás 13:20, 22 de Agosto de 2008. )
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