Romeo + Juliet
"R: Amou meu coração, até agora? Renega-o, vista. Que nunca vera beleza eu vi, até esta noite. Onde estais vós, agora? Onde estais vós, agora? Que estou a beijar-te. Estou a beijar-vos, agora. Se com minha mais desprezível mão avilto eu este sagrado relicário, este é o gentil pecado. Meus lábios, dois peregrinos corados, prontos estão para amenizar esse indelicado toque com um terno beijo.
J: Bom peregrino, demais amaldiçoais a vossa mão, que nisto mostra delicada devoção. Pois têm os santos mãos que as mãos de peregrinos tocam, e entre palma e palma é sagrado o beijo. Não têm os santos lábios sagrados, e palmas também? Decerto, peregrino, lábios que em orações hão-de usar.
R: Pois bem, santinha, que os lábios façam o que fazem as mãos. Orações fazem, aceitarás, que em desespero se não mude a fé. Não se movem porém os santos, aceitai, por razão d'orações. Não vos moveis, pois, até minh' oração efeito ter. Assim, dos meus lábios, pelos vossos, se redime meu pecado.
J: Para meus lábios passa então o pecado dos vossos?
R: Pecado dos meus lábios? Oh trespasse docemente urgido! Dai-me de volta o meu pecado.
J: Com sabedoria beijais vós."
J: Bom peregrino, demais amaldiçoais a vossa mão, que nisto mostra delicada devoção. Pois têm os santos mãos que as mãos de peregrinos tocam, e entre palma e palma é sagrado o beijo. Não têm os santos lábios sagrados, e palmas também? Decerto, peregrino, lábios que em orações hão-de usar.
R: Pois bem, santinha, que os lábios façam o que fazem as mãos. Orações fazem, aceitarás, que em desespero se não mude a fé. Não se movem porém os santos, aceitai, por razão d'orações. Não vos moveis, pois, até minh' oração efeito ter. Assim, dos meus lábios, pelos vossos, se redime meu pecado.
J: Para meus lábios passa então o pecado dos vossos?
R: Pecado dos meus lábios? Oh trespasse docemente urgido! Dai-me de volta o meu pecado.
J: Com sabedoria beijais vós."